Os diretores dos cinco filmes indicados ao Oscar 2017 de melhor filme estrangeiro, o dinamarquês Martin Zandvliet (Terra de Minas), o sueco Hannes Holm (Um Homem Chamado Ove), o iraniano Asghar Farhadi (O Apartamento), a alemã Maren Ade (Toni Erdmann), e os australianos Martin Butler e Bentley Dean (Tanna), fizeram um comunicado em conjunto para protestar contra a lei do governo de Donald Trump que restringe a entrada de imigrantes no país.
“Expressamos a nossa desaprovação unânime e enfática contra o clima de fanatismo e nacionalismo que vemos hoje nos Estados Unidos. O medo gerado pela divisão em gêneros, cores, religiões, sexualidades não passa de forma de justificar violência e destruir coisas das quais dependemos. Não apenas como artistas, mas seres humanos, acreditamos que a diversidade de culturas, a chance de sermos enriquecidos por algo visto como ‘estrangeiro’ e os encontros entre seres humanos podem nos fazer pessoas melhores”.
“Esses muros que nos dividem impedem que pessoas vivenciem algo simples, mas fundamental: a descoberta que todos nós não somos tão diferentes assim”, continua a carta aberta. Independentemente de quem vença o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro no domingo, nos recusamos a pensar em termos de fronteiras. Acreditamos que não há um país melhor, um gênero melhor, uma religião melhor ou uma cor melhor. Queremos que esse prêmio seja um símbolo de união entre nações e a liberdade das artes. Direitos humanos não é algo que você deveria pedir. Eles simplesmente existem, para todo mundo”, finalizaram os cineastas.
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