Hoje em dia, não é mais um tabu tão grande quando algum famoso se assume gay – basta olhar para as carreiras de pessoas como Zachary Quinto, Jim Parsons, Sarah Paulson e Neil Patrick Harris, por exemplo.
10 famosos gays que morreram sem se assumir publicamente
Embora o preconceito ainda exista, ele é bem menor do que um dia já foi, e por isso é preciso celebrar aquelas celebridades que se assumiram antes de todo mundo, e pavimentaram um caminho de maior aceitação pública.
Confira:
WILLIAM HAINES | O ano era 1933 – nada menos que 85 anos atrás, meus amigos! – quando Haines se recusou a aceitar um casamento de fachada, oferecido pelo presidente da MGM, Louis B. Mayer, como alternativa para que ele continuasse atuando após ser flagrado solicitando sexo de um prostituto. Ao invés disso, ele se juntou com o namorado de longa data, Jimmie Shields, e compôs a primeira família homossexual assumida de Hollywood, com um negócio de design de interiores muito bem-sucedido.
CHRISTINE JORGENSEN | Era o início dos anos 1950 quando Christine Jorgensen retornou ao seu país natal, os EUA, após viajar para a Dinamarca a fim de passar por cirurgia de redesignação sexual. Após virar assunto de matéria no New York Daily News, ela virou cause célèbre na metrópole, engatando carreira de atriz, cantora e entertainer teatral até sua morte em 1989.
ELTON JOHN | É comum se dizer que existe vida “antes e depois de Elton” para os homens gays de todo o mundo, e não é a toa – nunca antes uma celebridade tão absurdamente conhecida se assumiu homossexual. Aconteceu em 1988, quinze anos depois de John se dizer bissexual em entrevista para a Rolling Stone – o passo seguinte? O casamento com David Furnish, que dura desde 1993.
DUSTY SPRINGFIELD | Antes de Elton, no entanto, a cantora Dusty Springfield quebrou a barreira da bissexualidade na música popular durante entrevista para o Evening Standard em 1970. Na época, ela já era famosa por hits do soul, como “I Just Don’t Know What to Do with Myself” e “Son of a Preacher Man”.
DAVID BOWIE | A sexualidade do camaleão Bowie passou por tantas encarnações quanto o seu cabelo ou senso de estilo – em 1972, ele se declarou gay; em 1976, mudou para bissexual; e décadas depois se diria, atenção, um “heterossexual de armário”. Bowie só foi casado com mulheres durante sua vida, mas um de seus casos mais célebres durante a carreira foi com ninguém menos que Mick Jagger, vocalista dos Rolling Stones.
IAN MCKELLEN | 23 anos antes de assumir o papel de Gandalf nos cinemas, em O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel, o ator britânico Ian McKellen se assumiu gay em entrevista para a BBC Radio 3, em 1988. A ocasião foi a fundação do grupo ativista por direitos LGBT Stonewall, da qual é membro fundador e diretor.
BOY GEORGE | Com seu estilo extravagante, era difícil esconder – mas mesmo assim, é impossível não notar a ousadia do músico Boy George em se assumir gay em plenos anos 1980. Inclusive, ele criticou muito o colega de profissão George Michael, dizendo que ele estava “no armário” muito antes do mundo todo saber que ele estava certo.
BILLIE JEAN KING | O filme A Guerra dos Sexos, lançado no ano passado, mostra a jovem Billie Jean King (interpretada por Emma Stone) tendo que esconder sua homossexualidade com um casamento de fachada. O tabu não resistiria por muito tempo, já que King se assumiu oficialmente em 1981, quebrando um grande tabu na área dos esportes.
ROGÉRIA | Falando em pioneirismo brasileiro, impossível não citar Rogéria. Ela se intitulava “a travesti da família brasileira”, e sua morte em 2017, aos 74 anos, causou luto em todas as classes sociais e orientações políticas do Brasil. Rogéria expunha uma vivência LGBT no cinema brasileiro desde 1968, e se tornou sensação nacional ao estrear no Programa do Chacrinha, em 1982.
ROBERTA CLOSE | Igualmente importante para o pioneirismo LGBT no Brasil foi a modelo, atriz, cantora e apresentadora Roberta Close, que se tornou a primeira transgênero na capa da Playboy brasileira em 1984. Hoje aos 53 anos, ela não se coloca nos holofotes tanto quanto antes, mas segue sendo um marco para o público LGBT nacional.