O ator Timothée Chalamet, que está cotado para o Oscar 2018 por sua atuação em Me Chame Pelo Seu Nome, quebrou o silêncio sobre o trabalho no próximo filme de Woody Allen, ainda sem título.
Chalamet filmou o longa em meados de 2017, e disse no Instagram que uma cláusula de seu contrato o impede de falar abertamente sobre as acusações de abuso contra o diretor, levantadas por sua filha, Dylan Farrow.
Crítica | Me Chame pelo Seu Nome
“Esse último ano mudou a forma como eu vejo e me sinto sobre muitas coisas; tem sido excitante e, em alguns momentos, uma educação iluminadora. Eu tenho, até esse momento, escolhido projetos pela perspectiva de um jovem ator que quer seguir o caminho de atores experientes que eu admiro. Estou aprendendo que um bom papel não é o único critério para aceitar um trabalho, no entanto – isso se tornou muito mais claro para mim nos últimos meses, quando testemunhei o nascimento de um movimento que quer acabar com a injustiça, desigualdade e, acima de tudo, com o silêncio”, escreve ele.
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“Eu fui perguntado em algumas entrevistas recentes sobre a minha decisão de trabalhar em um filme de Woody Allen no último verão. Eu não posso responder essa questão de forma direta por causa de obrigações contratuais. O que eu posso dizer é isso: Não quero lucrar com a minha participação no filme, e por isso vou doar meu salário inteiro para três caridades – Time’s Up, o Centro LGBT de Nova York e RAINN. Eu quero ser digno de ficar lado a lado com artistas corajosos que estão lutando para que as pessoas sejam tratadas com a dignidade e respeito que merecem”, conclui.
Chalamet é o astro mais recente a falar contra Woody Allen – declarações anteriores surgiram de Ellen Page (aqui), Greta Gerwig (aqui), Rebecca Hall (aqui) e David Krumholtz (aqui).
Chalamet estrela o próximo filme de Allen ao lado de Elle Fanning, Selena Gomez, Jude Law, Liev Schreiber e outros astros. O lançamento acontece em 2018.
