Séries

História real do robô Joker de Chernobyl é ainda mais trágica

O quarto episódio da minissérie Chernobyl é um dos mais impressionantes apresentados até o momento. Em The Happiness of All Mankind, a HBO mostra através da ficção como a União Soviética tentava limpar o desastre nuclear.

Como é visto na produção, após a explosão do reator número 4, os gerenciadores da crise descobriram uma forma de evitar mais problemas. Os restos nucleares deveriam ser devolvidos ao local, criando uma espécie de sarcófago.

O problema para missão é que humanos não poderiam realizá-la. Uma pessoa poderia permanecer apenas 90 segundos em determinados ambientes. Por isso, dois robôs, que originalmente eram usados no espaço, ganharam a nova função.

Um deles era o Lunokhod, da própria União Soviética, e o outro era o robô Joker, emprestado pela Alemanha. O que ninguém sabe é que a radiação era tão grande nos locais que os dois robôs logo “morreram”.

“Os soviéticos, e isso é de perder a cabeça, se recusaram a contar para o mundo que a situação era bem ruim. Mesmo depois de meses que o mundo sabia sobre Chernobyl e sabia que a situação não era boa, eles chegaram ao ponto de se recusar a contar para os alemães (donos do robô) o quanto de radiação tinha naquele telhado (onde o Joker morreu)”, explicou o co-criador Craig Mazin para o podcast Chernobyl. “Era 600% ou 700% a mais do que todos poderiam lidar. E é de perder a cabeça ao saber que os soviéticos achavam que isso estava OK. Por que não? Vamos apenas ver. É o mesmo tipo de atitude que levou ao desastre”, completou o profissional.

Com os robôs falhando, a União Soviética encontrou uma maneira de colocar pessoas no trabalho arriscado. Esses soldados foram chamados de biorrobôs (entenda mais aqui).

Chernobyl está em exibição na HBO.

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