Ryan Murphy pode ser um magnata da televisão hoje em dia, mas o roteirista e diretor começou de forma humilde, na sitcom Popular, que foi ao ar na WB Network entre 1999 e 2001 nos EUA.
Em nova entrevista com a Entertainment Weekly, o criador assumidamente gay de séries como Glee e American Horror Story contou que, na época, o estúdio Warner, que era dono do canal, se mostrou muito homofóbico.
“Eles nunca entenderam o que eu queria fazer com a série. Era uma série sobre ambição feminina. Eles foram incansavelmente homofóbicos. Eles me permitiam ter um personagem gay, mas frequentemente recebia notas e sugestões como: ‘ela pode ser um pouco menos gay?'”, comentou o criador.
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“Não foi uma experiência bacana. Eles acharam que tinham um hit em mãos e começaram a me mandar muitas notas, como por exemplo: ‘essa personagem pode ter câncer?’. Eu queria continuar no ar, então acabei fazendo, e isso deturpou o espírito da série. Gosto muito da primeira temporada, mas não da segunda”, disse ainda.
A WB Network encerraria atividades em 2006, dando espaço para a CW, também propriedade da Warner, que curiosamente se mostraria bem mais progressiva quanto à questões da comunidade LGBT do que Murphy dá a entender.