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Fear the Walking Dead | Crítica S04E01

Por Marx Walker.

Fear The Walking Dead 4ª temporada – Os mortos seguem caminhando, agora em melhor companhia.

Fear é uma série que veio com a promessa de esclarecer aquela que talvez seja a maior angústia por trás do universo de The Walking Dead: Desvendar como se deu a contaminação que devastou o mundo com uma praga que transformou boa parte da população em zumbis.

E independentemente dos anônimos que fossem contar isso, essa era uma promessa que por si só já fidelizou quase que a totalidade dos fãs de Rick e cia a darem um voto de confiança ao seriado. Os produtores eleitos tiveram três temporadas para isso, mas entregaram tanto quanto um político entrega no seu primeiro mandato, e o seriado ficou quase que literalmente morto-vivo. Muita gente ficou pelo caminho.

Contudo, como toda gestão que visa se estender por mais um tempo, a obra começou a acelerar no finalzinho do terceiro ano, e com a adição de novos personagens, novos objetivos, um rearranjo na narrativa e a introdução do personagem Morgan Jones (proveniente de TWD), a série se oxigenou o suficiente para ser acompanhada com o mesmo entusiasmo da primeira temporada.

Ao que tudo indica, Morgan assume o protagonismo do seriado, e é na sua vagância de Virgínia ao Texas que tudo acontece nessa temporada, cerca de três meses depois dos acontecimentos da terceira temporada. E é justamente essa atitude de linkar um elemento marcante de TWD aos dias de Fear que parece ser a sacada que tem tudo para reativar o interesse por parte de quem já havia desistido do projeto ou de quem já pensava em fazê-lo.

A vontade de repaginar o que foi feito até aqui fica reforçada também pela inserção de novos personagens, com posturas comportamentais diferentes do que foi visto até aqui. Estes, juntamente com Morgan, farão com que a temporada possa ser vista de maneira independente do que foi feito até aqui, ou seja, quem parou o seriado em algum momento ou mesmo não viu nada de Fear até aqui, pode perfeitamente começar da quarta temporada que a experiência segue sem lacunas bruscas.

Por fim, pode-se dizer ainda que, mais do que uma nova promessa de imersão, esse rearranjo com cara de reboot (ou seria o contrário?) proporciona uma linguiçada de qualidade na trama, enquanto a resposta saciadora não nos é revelada.

Os mortos seguem caminhando em melhor companhia de atores, roteiro e, acima de tudo, boas perspectivas de que a trama flua na pegada que espera o fã que votou nesse seriado por indicação.
O bom primeiro episódio da quarta temporada já deve devolver essa esperança para a maioria dos eleitores desiludidos.

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