Atualmente, Stranger Things começa a preparar o terreno para seu desfecho. Afinal, a série chega ao fim na 5ª temporada. A Netflix, porém, não está pronta para “largar o osso”. Recentemente, a plataforma anunciou um ambicioso projeto inspirado na série. No entanto, o empreendimento não demorou a virar alvo de críticas e criar polêmica nas redes sociais.
Em 2022, a Netflix lançou a 4ª temporada de Stranger Things. Com um tom bem mais obscuro e adulto, os novos episódios quebraram recordes e se tornaram um verdadeiro fenômeno no catálogo da plataforma.
Stranger Things 4 termina com um cenário apocalíptico. Além de trazer a morte de personagens queridos, os episódios oferecem pistas importantes sobre a conclusão da série – desde o plano de Vecna até a conexão do vilão com Will.
Enquanto o desfecho de Stranger Things não estreia na Netflix, explicamos abaixo porque um novo projeto da plataforma causou grande controvérsia na internet; confira.
Netflix quer criar hotel de Stranger Things
Recentemente, a Netflix anunciou uma nova parceria com a Airbnb. O objetivo da plataforma é transformar a Prisão de Lukiškės em um hotel inspirado em Stranger Things.
Na 4ª temporada da série, a prisão serve como cenário para a trama de Hopper. Após o bombástico desfecho do terceiro ano, o personagem de David Harbour vira refém dos soviéticos.
Porém, muito antes de ser utilizada nas gravações de Stranger Things, a prisão foi palco de terríveis atrocidades.
Localizada na Lituânia, a Prisão de Lukiškės é conhecida por ter sido transformada em um campo de concentração na época da Segunda Guerra Mundial.
No local, judeus, ciganos e soviéticos foram encarcerados, torturados e mortos. Além disso, os prisioneiros eram obrigados a viver sob condições terríveis, sem comida, energia elétrica ou contato social.
Mesmo após a Segunda Guerra Mundial, a prisão se estabeleceu como um local de violência, tortura e medo. Nos anos 70, por exemplo, prisioneiros costumavam ser enforcados em exibições públicas.
Além disso, diversos detentos da penitenciária foram executados em pelotões de fuzilamento – tudo isso enquanto os companheiros de cela ouviam seus gritos desesperados. A bárbarie ocorrida na prisão durou até os anos 90, quando a pena de morte foi abolida na Lituânia.
De 1904 a 2019, a Prisão de Lukiškės funcionou na cidade de Vilnius, a capital lituana, em capacidade máxima.
Após o fechamento da penitenciária, a Secretaria de Turismo de Vilnius fez de tudo para “revitalizar o local”. Por isso, quando a Netflix anunciou a intenção de transformar a prisão em um hotel, os representantes do município aceitaram sem pestanejar.
Hotel da Netflix causou polêmica nas redes sociais
Como era de se esperar, o público não reagiu bem ao novo anúncio da Netflix. Afinal, a intenção da plataforma de transformar uma penitenciária e campo de concentração em um hotel é, no mínimo, problemática.
Organizações não governamentais associadas ao povo judeu e grupos advocacia à saúde mental criaram petições para impedir a “revitalização” da Prisão de Lukiškės.
A intenção das petições é “impedir a desonra e apagamento das vítimas do Holocausto e das outras pessoas que sofrerem os horrores de Lukiškės”.
Uma dessas petições, liderada pela organização Jews and Roma Against Bigotry (Judeus e Romani Contra o Preconceito) já conta com mais de 57 mil assinaturas.
A Netflix, no entanto, ainda não comentou o boicote. Essa não é a primeira vez que a plataforma se envolvem em polêmicas relacionadas ao holocausto.
Com o lançamento da 4ª temporada de Stranger Things, fãs da série resolveram fazer tatuagens como a de Eleven – que faz referência às vítimas dos campos de concentração da Segunda Guerra Mundial.
Todas as temporadas de Stranger Things estão disponíveis na Netflix.