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Rainha Cleópatra está no top 10, mas é detonada por assinantes da Netflix

Série gera muita polêmica desde que estreou

Rainha Cleópatra é uma das séries mais polêmicas em recente memória na Netflix, em razão da série semi-documental ter escalado uma atriz negra para viver a famosa governante do Egito. O seriado entrou para o Top 10 dos mais assistidos da plataforma nos últimos dias, mas está sendo bombardeado com notas negativas.

“Por meio de reconstituições e entrevistas, este drama documental mostra como Cleópatra, a última faraó do Egito, lutou para proteger seu trono, família e legado”, diz a sinopse oficial de Rainha Cleópatra na Netflix.

Rainha Cleópatra é o segundo projeto da antologia Rainhas Africanas. Assim como a 1ª temporada, que focou na Rainha Njinga, a série é produzida e narrada por Jada Pinkett-Smith (Gotham).

Mostramos abaixo o que a crítica especializada e os assinantes da Netflix estão dizendo sobre Rainha Cleópatra.

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Rainha Cleópatra é detonada, mas é ruim mesmo?

No presente momento, a série semi-documental conta com meros 2% de aprovação dos usuários no Rotten Tomatoes, com mais de 2500 avaliações computadas.

Parte disso pode ser oriundo de um review bomb, prática de pessoas que se revoltam com determinada obra do entretenimento e saem dando notas negativas em plataformas.

Sem dúvidas, o racismo influencia grande parte dessas notas, mas a qualidade da série em si não é das maiores, como alguns críticos apontaram.

Rainha Cleópatra, no presente momento, conta com apenas 11% de aprovação dos críticos, também no RT.

O jornal britânico The Guardian, por exemplo, deu 3 estrelas (em 5) para Rainha Cleópatra. De acordo com a crítica, a produção da Netflix “tem seus defeitos”, mas não merece a intolerância e o ódio da audiência.

“Adele James, a intérprete de Cleópatra nesse curioso docudrama sobre a mais famosa Rainha do Egito, é a melhor coisa da série – apesar da revolta do público sobre sua etnia”, diz a resenha do site.

A resenha indica também que, apesar da enorme importância que os críticos de Rainha Cleópatra dão à “branquitude” da personagem histórica, a etnia da Rainha não é o foco da série.

“A insistência de parte do público em relação à ‘branquitude’ de Cleópatra é curiosa, já que grande parte da linhagem da Rainha (incluindo a verdadeira identidade de sua mãe) é desconhecida. O tom de pele e a textura do cabelo de Cleópatra ainda são temas de especulação, mas a utilização da branquitude como ‘base’ é problemática e perigosa”, afirma o texto.

Entre os defeitos de Rainha Cleópatra, a resenha do The Guardian cita o tom inconsistente da série e as entrevistas com os historiadores.

“Apesar de terem sólidas credenciais, os historiadores de Rainha Cleópatra falam mais como fãs do que como profissionais”, conclui o texto.

Nas redes sociais, apesar do bombardeio de comentários negativos, Rainha Cleópatra também recebe elogios de espectadores que enxergam a verdadeira função da representatividade da série. Jada Pinkett-Smith, produtora e narradora da produção, falou sobre o assunto em uma entrevista recente.

“Não costumamos ver ou ouvir histórias sobre rainhas negras, e por isso, a série é muito importante para mim, assim como para minha filha, e também para que toda a minha comunidade possa conhecer essas histórias, porque existem muitas delas”, disse a produtora.

Você já pode assistir Rainha Cleópatra na Netflix.

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