Atualmente no Top 10 da Netflix, a série Rainha Cleópatra se envolveu em uma grande polêmica internacional ao caracterizar a protagonista como uma mulher negra. Controvérsia à parte, o público quer saber: vale a pena assistir à produção histórica na plataforma?
“Por meio de reconstituições e entrevistas, este drama documental mostra como Cleópatra, a última faraó do Egito, lutou para proteger seu trono, família e legado”, diz a sinopse oficial de Rainha Cleópatra na Netflix.
Rainha Cleópatra é o segundo projeto da antologia Rainhas Africanas. Assim como a 1ª temporada, que focou na Rainha Njinga, a série é produzida e narrada por Jada Pinkett-Smith (Gotham).
Mostramos abaixo tudo que a crítica especializada e os assinantes da Netflix estão dizendo sobre Rainha Cleópatra – confira se vale a pena ver a série!
Vale a pena assistir Rainha Cleópatra na Netflix?
É até difícil traçar um panorama mais amplo sobre a reação do público e da crítica especializada sobre o lançamento de Rainha Cleópatra.
Afinal de contas, a série é bombardeada por resenhas negativas de pessoas que nem mesmo assistiram à produção para avaliá-la. Essas resenhas, de tom assumidamente racista, só reclamam do fato de Rainha Cleópatra caracterizar a personagem título como uma mulher negra.
No Rotten Tomatoes, por exemplo, Rainha Cleópatra garantiu apenas 13% de aprovação após sofrer um ataque digital orquestrado por trolls racistas. No Google, no IMDB e em outras plataformas de avaliação, essa tendência se repete: a produção da Netflix é detonada por pessoas revoltadas com a caracterização da protagonista.
Por isso, essas críticas não servem para concluir se vale a pena assistir Rainha Cleópatra na Netflix. Sendo assim, o que diz a imprensa especializada e os espectadores “normais” da produção?
O jornal britânico The Guardian, por exemplo, deu 3 estrelas (em 5) para Rainha Cleópatra. De acordo com a crítica, a produção da Netflix “tem seus defeitos”, mas não merece a intolerância e o ódio da audiência.
“Adele James, a intérprete de Cleópatra nesse curioso docudrama sobre a mais famosa Rainha do Egito, é a melhor coisa da série – apesar da revolta do público sobre sua etnia”, diz a resenha do site.
A resenha indica também que, apesar da enorme importância que os críticos de Rainha Cleópatra dão à “branquitude” da personagem histórica, a etnia da Rainha não é o foco da série.
“A insistência de parte do público em relação à ‘branquitude’ de Cleópatra é curiosa, já que grande parte da linhagem da Rainha (incluindo a verdadeira identidade de sua mãe) é desconhecida. O tom de pele e a textura do cabelo de Cleópatra ainda são temas de especulação, mas a utilização da branquitude como ‘base’ é problemática e perigosa”, afirma o texto.
Entre os defeitos de Rainha Cleópatra, a resenha do The Guardian cita o tom inconsistente da série e as entrevistas com os historiadores.
“Apesar de terem sólidas credenciais, os historiadores de Rainha Cleópatra falam mais como fãs do que como profissionais”, conclui o texto.
Nas redes sociais, apesar do bombardeio de comentários negativos, Rainha Cleópatra também recebe elogios de espectadores que enxergam a verdadeira função da representatividade da série. Jada Pinkett-Smith, produtora e narradora da produção, falou sobre o assunto em uma entrevista recente.
“Não costumamos ver ou ouvir histórias sobre rainhas negras, e por isso, a série é muito importante para mim, assim como para minha filha, e também para que toda a minha comunidade possa conhecer essas histórias, porque existem muitas delas”, disse a produtora.
Você já pode assistir Rainha Cleópatra na Netflix.