Desperdício

Resident Evil: Todos os erros que a Netflix cometeu com a série

Série baseada nos games da Capcom deixa muito a desejar

Resident Evil da Netflix é a primeira série em live-action da Netflix e parece que da famosa franquia de games da Capcom, ela tem apenas o nome.

A Gigante do Streaming basicamente mudou toda a história, ambientação e personagens, entregando algo amplamente genérico, que só deve agradar aos fãs menos exigentes.

Dito isso, o Looper separou alguns dos maiores erros cometidos pela Netflix nessa primeira temporada de Resident Evil.

Confira a lista completa, abaixo.

Problemas no tom

Resident Evil da Netflix insere elementos de dramas adolescentes na trama. Isso não seria um grande problema, mas quando vemos a jovem Jade (Tamara Smart) e Billie Wesker (Siena Agudong), na linha do tempo de 2022, lidando com um valentão na escola, é difícil não se sentir enganado pela premissa da série.

Isso não quer dizer que a linha do tempo pré-apocalipse seja completamente terrível – a conspiração da Corporação Umbrella oferece alguns acenos para a Raccoon City original – mas parece fraca ao lado dos segmentos pós-apocalípticos.

Resident Evil é a nova série da Netflix

Péssimo relacionamento de irmãs

Resident Evil em todas as suas várias iterações tem sido sobre a família. Algumas das parcelas mais queridas se concentraram nos irmãos Chris e Claire Redfield ou até mesmo em uma família assassina do lado oposto.

Com isso em mente, faria sentido, do ponto de vista narrativo, ter um vínculo familiar percorrendo a série da Netflix também. Mas o que vemos no seriado é nada engajante. No caso é o roteiro que não ajuda, visto que as atrizes fazem um bom trabalho.

Tudo é conveniente demais e não apropriadamente constrói a relação das duas.

Todos são estúpidos

Há momentos em Resident Evil da Netflix em que os personagens mostram um nível de estupidez ofensivo, separando-nos ainda mais do mundo deles.

Um momento de destaque é ver a jovem Billie Wesker se deparar com um contêiner preto lacrado armazenando algo claramente perigoso, e então ela decide que abri-lo é perfeitamente aceitável.

Isso é simplesmente é usado como um dispositivo de enredo para Billie ser mordida pelo cachorro doente que ela soltou, desencadeando uma reação em cadeia de outras pessoas tomando decisões igualmente idiotas.

Lance Reddick é desperdiçado

Lance Reddick não policiou as ruas difíceis de The Wire ou lutou ao lado de John Wick para receber essa versão duvidosa de Albert Wesker.

O vilão icônico de Resident Evil, que tinha tudo a ver com infectar o mundo – e parecer legal ao fazê-lo – é reimaginado aqui como outro cientista educado brincando de Deus, quando ele não está apenas sendo um pai terrível. Embora seja uma reviravolta corajosa sobre o vilão que conhecemos, exige muito pouco de Reddick, que assume um papel que qualquer um poderia lidar. 

Reddick domina uma cena durante uma visita ao escritório do diretor da escola, mas ainda parece parte de um papel muito abaixo de sua estatura.

Baixo orçamento?

Todos os problemas são amplificados apenas pela aparência barata de Resident Evil, visualmente. As próteses de zumbi, o sangue e os efeitos visuais são bem feitos, mas esse é o nível básico que uma série da franquia deveria atingir.

New Raccoon City e sua escola parecem um resort de férias com pôsteres da Umbrella apenas para convencer o público de que realmente está assistindo algo relacionado à franquia icônica.

Mesmo no pós-apocalipse a situação não melhora. Enquanto Jade tenta chegar em casa, ela viaja pela fortaleza de Brighton e, eventualmente, chega à França através de uma rota de tráfico subterrâneo. Essas bases são basicamente copiadas e coladas de filmes como Mad Max.

Mesmice

Os próprios zumbis também não parecem especiais. Mesmo que o episódio 4 introduza um líder mutante em potencial, isso em si não é novidade, já tendo sido feito em diversas obras antes.

Mesmo quando o programa dá um passo à frente usando os monstruosos lickers, eles parecem e agem de forma semelhante aos alienígenas de Um Lugar Silencioso, em vez de serem totalmente horríveis como em Resident Evil 2.

Não há nada a temer

Mesmo que traga certos elementos dos games para o live-action, como o lickers, o homem da serra-elétrica e a aranha gigante, nada disso parece assustador.

Nenhuma das criaturas efetivamente dá medo e no máximo vão agradar os fãs que esperam referências. O terror de verdade dos jogos originais é totalmente perdido.

Licker na série de Resident Evil

Resident Evil apenas no nome

De fato, a nova série de Resident Evil basicamente segue os jogos somente no nome, visto que há muito pouco de similar entre os dois lados da franquia.

Claro, há zumbis, lickers, aranhas, crocodilos, Umbrella, e mais, mas a trama e a ambientação são tão diferentes, que nem parecem fazer parte da mesma franquia.

A série de Resident Evil está disponível na Netflix.

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