Decadência

The Crown: O que é a síndrome da rainha Victoria

O termo foi muito usado na década de 1990

A série The Crown, uma produção muito elogiada da Netflix, estreou sua quinta temporada na última terça-feira (9). Agora, a história da realeza britânica está na década de 1990.

Tratando de várias questões da vida da ex-rainha da Inglaterra, Elizabeth II, a série ainda traz outras questões. Uma delas é sobre a síndrome da rainha Victoria, e explicamos o que isso significa.

No quinto ano, a Rainha Elizabeth II passa por anos terríveis, intitulado pela própria em 1992 por annus horribilis. O momento mais marcante do ano foi justamente a separação do Príncipe Charles e de Diana, após Diana descobrir a traição de seu ex-marido.

O elenco foi totalmente renovado, e agora conta com Imelda Staunton, Elizabeth Debicki, Jonathan Pryce, Dominic West, e outros nomes.

Qual o real significado do termo?

Com uma vasta lista de governantes, além de Elizabeth II, uma outra rainha se destaca por ser a segunda mais longeva da Inglaterra: a rainha Victoria.

O primeiro episódio da quinta temporada revela o termo “síndrome da rainha Victoria”, nome dado em uma pesquisa do Sunday Times bastante desconfortável para a rainha Elizabeth II.

A pesquisa mostrava os resultados que quase metade da população britânica era a favor de uma possível abdicação de Elizabeth II ao trono.

A frase em The Crown é explicada de que a população se cansou de ter um monarca mais velho no poder, e se frustrou com a família real que leva uma vida bem diferente.

Na época em que a pesquisa foi realizada, a popularidade da monarquia estava em risco. A vida privada da família real começou a não ser tão privada assim, com escândalos, principalmente o de Charles com Diana, sendo os destaques do governo.

Com 1992 sendo um ano horrível para a monarquia e a rainha, o povo britânico se viu descontente com tudo que estava acontecendo no país.

A monarquia estava custando muito dinheiro ao público. Em novembro de 1992, a rainha se ofereceu para pagar o imposto de renda e assumir a responsabilidade pelas despesas de trabalho de sua família.

A historiadora Sarah Gristwood, explicou em um artigo ao Huffington Post, que o termo começou ainda no final da década de 1980.

“No final da década de 1980, os cortesãos começaram a falar sobre QVS ou Síndrome da Rainha Vitória, pela qual uma nação poderia se cansar de um monarca envelhecido e uma família real parasita”, disse ela.

A rainha Victoria reinou durante 63 anos e sete meses, de 1837 até 1901, quando ela morreu com 81 anos. Por sua vez, Elizabeth II ficou 70 anos e 214 dias, até sua morte em 8 de setembro deste ano.

No entanto, a síndrome da rainha Victoria não deve se confundida com a doença de coagulação do sangue, hemofilia que foi transmitida pela rainha para outros nobres da realeza.

Sendo conhecida como a “avó da Europa”, Victoria e o príncipe Albert, seu marido, tiveram 10 filhos, que se casaram e cresceram. Seu filho Leopold foi afetado pela doença, bem como as filhas Alice e Beatrice.

Conhecida como a “avó da Europa”, Victoria e seu marido, o príncipe Albert, tiveram 10 filhos, que se casaram em famílias reais e nobres em todo o continente. Outros membros como Alexei Nikolaevich, czarevich da Rússia, Afonso, Príncipe das Astúrias e Infante Gonzalo da Espanha, também foram afetados.

A quinta temporada de The Crown está disponível na Netflix.

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