Lançado em 2003, Carandiru chegou recentemente ao catálogo brasileiro da Netflix. O filme se tornou um fenômeno de audiência na plataforma, figurando em posições privilegiadas do Top 10. Dado o grande sucesso do longa brasileiro, muitos espectadores querem saber: o que aconteceu com o presídio 30 anos após o massacre que é retratado na trama?
“O médico dos presidiários do superlotado Complexo Penitenciário do Carandiru testemunha hostilidades que terminam numa histórica rebelião”, diz a sinopse oficial de Carandiru na Netflix.
Um dos grandes trunfos de Carandiru é seu elenco de estrelas, formado por Luiz Carlos Vasconcelos, Rodrigo Santoro, Milton Gonçalves, Lázaro Ramos, Caio Blat, Milhem Cortez, Wagner Moura, Gero Camillo e Maria Luísa Mendonça.
Mostramos abaixo o que aconteceu com o Carandiru mais de 30 anos após o massacre de 1992; confira.
Em 2023, Carandiru ainda existe?
Mais de 30 anos após o maior massacre da história do sistema penitenciário brasileiro, o Presídio do Carandiru volta a chamar a atenção do público.
No Google, as pesquisas sobre “Carandiru” aumentaram exponencialmente após o lançamento do filme homônimo na Netflix. Atualmente, Carandiru é o 4º filme mais assistido da plataforma, perdendo apenas para Luther: O Cair da Noite, Em Uma Ilha Bem Distante e Patrulha Canina: O Filme.
O longa, para quem não sabe, adapta o livro “Estação Carandiru”, escrito pelo Dr. Dráuzio Varella. O filme tem direção de Hector Babenco, e para muitos especialistas, é um dos melhores lançamentos do cinema nacional.
Além de trazer alguns dos atores mais famosos do Brasil como os detentos do Carandiru, o filme também mostra depoimentos de pessoas que estavam presentes no Massacre de 1992, que resultou na morte de 111 detentos – 102 deles foram brutalmente assassinados por policiais militares.
Depois do Massacre de 1992, a Casa de Detenção de São Paulo (mais conhecida como Penitenciária do Carandiru) continuou funcionando.
No entanto, a cadeia nunca conseguiu se livrar do fantasma do massacre. Devido às controvérsias envolvendo a absolvição dos policiais que protagonizaram a chacina, e à interferência do então governador Luiz Antônio Fleury Filho, a cadeia se tornou sinônima à corrupção e à barbárie do sistema prisional brasileiro.
O Carandiru foi oficialmente desativado em 2002, 10 anos após o massacre. Na época, a maioria dos pavilhões foram demolidos.
Três anos depois, Geraldo Alckmin – na época Governador de São Paulo – deu a ordem para que o resto da cadeia fosse demolido.
Após a demolição, sobraram apenas o Pavilhão 4 (que era usado como enfermaria) e o Pavilhão 7. No ano de 2007, o Governo de São Paulo também inaugurou no local a Escola Técnica Estadual (ETEC) Parque da Juventude (veja abaixo uma foto).
O Pavilhão 4, que fica no térreo da escola, foi tombado pelo poder público e transformado no Espaço Memória Carandiru.
Atualmente, é possível agendar visitas guiadas ao local e conhecer a história do presídio que, em seu “auge”, abrigou mais de 8 mil detentos.
Para marcar a visita, é só acessar o site http://www.etecpj.com.br/memoria/ e clicar em “agende sua visita”.
Você pode assistir o filme Carandiru no catálogo brasileiro da Netflix.