Problemático

Continência ao Amor causou muitas polêmicas; explicamos todas elas

Romance da Netflix provocou a ira dos fãs nas redes sociais

Com um orçamento relativamente baixo e pouca divulgação, Continência ao Amor se tornou um inesperado sucesso na Netflix. O longa ganhou o coração dos usuários do TikTok, e em seguida, virou febre na plataforma. Apesar dos incríveis números de audiência, o drama romântico tem se envolvido em grandes polêmicas.

“Uma cantora se casa por conveniência com um militar prestes a ir para a guerra, mas uma tragédia transforma esse relacionamento de fachada em realidade”, afirma a sinopse oficial de Continência ao Amor na Netflix.

Baseado em um livro homônimo, escrito por Tess Wakefield, Continência ao Amor traz Sofia Carson (Descendentes) e Nicholas Galitzine (Cinderela) nos papéis principais.

Explicamos abaixo todas as controvérsias de Continência ao Amor na Netflix; confira.

Continência ao Amor é racista?

Nas redes sociais, muitos espectadores da Netflix acusaram Continência ao Amor de racismo. O longa se envolveu em uma grande controvérsia por sua clara perspectiva anti-árabe.

Em uma das cenas mais problemáticas do longa, um dos companheiros militares do protagonista Luke faz um brinde “à vida, ao amor e a caçar esses malditos árabes”. Cassie chega a desafiar esse sentimento anti-islâmico, mas Luke manda a namorada ficar calada.

A cena em questão foi descrita por ativistas como “racista, misógina e claramente anti-árabe”. Além disso, o longa não faz nenhum esforço para desafiar esse pensamento. Em toda a trama, Continência ao Amor caracteriza o povo iraquiano como “inimigo”.

Machismo e misoginia em Continência ao Amor

Na mesma cena, muitos espectadores de Continência ao Amor perceberam o teor machista e misógino da história.

Quando Cassie confronta um dos militares, ele diz: “Olhe seu tom ao falar comigo. Luke, venha pegar a sua garota”. Cassie responde dizendo que não é propriedade de Luke.

Mesmo assim, quando Luke volta e diz para a namorada “se sentar”, a protagonista aceita a exigência do namorado, sem nunca desafiá-lo.

Esse é um dos vários exemplos de momentos em que Cassie muda (ou simplesmente abandona) sua moralidade em nome do personagem de Nicholas Galitzine.

Continência ao Amor é propaganda militar

Finalmente, diversos assinantes da Netflix enxergaram Continência ao Amor como uma simples “propaganda militar”.

O filme começa com uma abordagem interessante ao sistema de saúde dos Estados Unidos. Afinal de contas, Cassie é obrigada a economizar sua insulina por não poder custear o tratamento do diabetes.

No entanto, o longa abandona essa crítica interessante para contar uma batida história de romance no mundo dos militares.

De acordo com as críticas dos espectadores nas redes sociais, Continência ao Amor falha em caracterizar o exército americano de forma crítica e realista.

Ao invés disso, o longa utiliza personagens como Luke para celebrar a “honra” e “valor” das forças armadas. Para muita gente, esse tipo de propaganda é realmente problemático.

Você pode assistir Continência ao Amor no catálogo brasileiro da Netflix.

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