Controvérsia

Continência ao Amor: Filme da Netflix é acusado de racismo

Drama romântico se envolveu em polêmica nas redes sociais

Continência ao Amor estreou na Netflix em 29 de julho de 2022, e desde então, aparece em destaque no Top 10 da plataforma. Emocionante e repleto de reviravoltas, o drama romântico conquistou fãs no mundo inteiro. Porém, nas redes sociais, muitas pessoas afirmam que a trama do filme é “racista e problemática”.

“Uma cantora se casa por conveniência com um militar prestes a ir para a guerra, mas uma tragédia transforma esse relacionamento de fachada em realidade”, afirma a sinopse oficial de Continência ao Amor na Netflix.

Baseado em um livro homônimo, escrito por Tess Wakefield, Continência ao Amor traz Sofia Carson (Descendentes) e Nicholas Galitzine (Cinderela) nos papéis principais.

Explicamos abaixo por que Continência ao Amor se envolveu em uma grande polêmica nas redes sociais; confira.

Por que os espectadores da Netflix acharam Continência ao Amor racista?

Nas redes sociais, as principais críticas à trama de Continência ao Amor envolvem a maneira como o filme caracteriza o exército americano.

Para muitos espectadores, o longa assume contornos muito problemáticos na abordagem do protagonista Luke, interpretado por Nicholas Galitzine.

“Não entendo como as pessoas podem romantizar Continência ao Amor. Vocês não perceberam a propaganda machista, racista, islamofóbica, republicana e militarista do filme? Façam fazer sentido! Esses dois pesos e duas medidas me impressionam. Não é à toa que os republicanos dominaram os Estados Unidos, que loucura”, comentou um espectador.

Em uma entrevista, Sofia Carson afirmou que Continência ao Amor pode “unir os Estados Unidos”. Porém, de acordo com as reações nas redes sociais, o filme faz exatamente o contrário.

“Não acredito que a Sofia Carson disse que Continência ao Amor está ajudando uma América dividida. Querida, sua personagem é latina, uma filha de imigrantes que se apaixona por um republicano anti-imigração que defende seus amigos racistas e misóginos”, analisou outra assinante da Netflix.

Muita gente reclamou do fato da Netflix investir em conteúdos problemáticos, ao mesmo tempo em que cancela produções marcadas pela diversidade.

“Por favor, continue cancelando séries como Primeira Morte e produzindo propagandas racistas em comédias românticas como Continência ao Amor”, ironizou outra espectadora.

Vale lembrar que a Netflix cancelou a série LGBTQIA+ Primeira Morte após uma temporada – mesmo depois da série ter garantido ótimos números de audiência.

Continência ao Amor caracteriza as forças armadas dos Estados Unidos com um olhar relativamente positivo – o que também revoltou parte dos espectadores.

“Continência ao Amor é uma propaganda militar que usa a invasão ao Iraque e a morte de 1,2 milhões de iraquianos como uma comédia romântica”, avaliou outra assinante da Netflix.

Para alguns espectadores, o fato de Continência ao Amor fazer tanto sucesso na Netflix representa uma tendência preocupante.

Além disso, de acordo com várias pessoas que assistiram ao filme, o romance entre Cassie e Luke simplesmente “não faz sentido”.

“Continência ao Amor não é nem sutil: é claramente uma propaganda militar anti-árabe, anti-hispânica, racista e misógina. E as pessoas estão espumando porque é uma história de inimigos que viram amantes? É claro que eles são inimigos! Ele é um soldado conservador e pró-armas, e ela é uma latina liberal”, explicou outra espectadora.

O filme Continência ao Amor está disponível na Netflix. Veja abaixo as reações originais.

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