Blonde é, definitivamente, um dos lançamentos mais aguardados da Netflix em 2022. Reações prévias da crítica revelaram que a cinebiografia de Marilyn Monroe é repleta de cenas explícitas de sexo. Porém, em uma entrevista recente, Ana de Armas – a estrela de Blonde – chamou de “censura” a classificação indicativa do filme.
“Inspirada no best-seller de Joyce Carol Oates, esta biografia fictícia da lendária Marilyn Monroe é estrelada por Ana de Armas”, afirma a sinopse oficial de Blonde.
Além de Ana de Armas no papel principal, o elenco de Blonde conta com Bobby Cannavale (O Irlandês), Adrien Brody (O Grande Hotel Budapeste), Julianne Nicholson (Eu, Tonya), Toby Huss (Carnivale) e Caspar Phillipson (Jackie).
Revelamos abaixo por que Ana de Armas reclamou da “censura” a Blonde na Netflix; confira.
Para Ana de Armas, classificação indicativa de Blonde é “censura”
Por suas cenas explícitas de sexo, violência e uso de drogas – além da temática adulta – Blonde ganhou a classificação indicativa NC-17.
Nos Estados Unidos, essa classificação é a mais pesada possível. Os filmes NC-17 são “recomendados para adultos” e “não podem ser assistidos por menores de 17 anos sob qualquer hipótese”.
Ou seja: a classificação é basicamente sinônima à de “Proibido para menores de 18 anos”, uma velha conhecida do público brasileiro.
Em entrevista a uma publicação francesa, Ana de Armas – a intérprete de Marilyn Monroe – questionou o motivo dessa classificação tão “escandalosa”.
“Não entendo por que isso aconteceu. Posso citar vários filmes ou séries com cenas de sexo bem mais explícitas do que as de Blonde”, comentou a atriz.
Para Ana de Armas, a inclusão das cenas de sexo é essencial para contar a história de Marilyn Monroe. Retirar essas sequências representaria uma censura à trajetória do ícone de Hollywood.
“Mas para contar essa história, é muito importante mostrar todos esses momentos da vida da Marilyn. Foram eles que a fizeram terminar como terminou. É uma explicação necessária. Todos os integrantes do elenco tiveram que entrar em situações desconfortáveis. Não fui a única”, explicou Ana de Armas.
Anteriormente, o diretor Andrew Dominik já havia lamentado a classificação indicativa de Blonde.
“É pura bobagem. Blonde é um filme exigente. Se o público não gostar, o problema é dele. Não estou concorrendo a um cargo público”, comentou o cineasta.
Joyce Carol Oates, a autora do livro que inspira o filme, não poupou elogios à produção em um papo recente com a imprensa.
A escritora descreveu o filme de Andrew Dominik como “brilhante”, e a performance de Ana de Armas como “maravilhosa”.
“Eles conseguiram mostrar a experiência da Norma Jeane Baker a partir de sua própria perspectiva, em vez de vê-la de fora, com o olhar masculino mirando uma mulher”, comentou a autora.
Blonde, com Ana de Armas, estreia na Netflix em 28 de setembro de 2022.