Sucesso de público e crítica, M3GAN não demorou a conquistar o público brasileiro com suas exibições nos cinemas. Embora já tenha garantido uma sequência antes mesmo de sair de cartaz, o filme de terror é bastante prejudicado por sua classificação indicativa – recomendado para maiores de 14 anos.
“Uma engenheira de robótica, trabalhando para uma empresa de brinquedos, constrói uma boneca realista que começa a ganhar vida própria”, afirma a sinopse de M3GAN.
Liderado por Allison Williams (Corra!), o elenco de M3GAN conta também com Ronny Chieng (Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis), Brian Jordan Alvarez (Jane the Virgin) e Violet McGraw (A Maldição da Residência Hill), além de Amie Donald (Sweet Tooth) como a boneca titular.
Revelamos abaixo por que a classificação indicativa de M3GAN prejudica o filme de terror; confira!
Classificação etária restringe o alcance de M3GAN
O filme de terror M3GAN, com direção de Gerard Johnstone (Housebound) e roteiro de Akela Cooper (Maligno), tem tudo para se tornar um dos longas mais lucrativos do ano.
Produzido com um orçamento de 12 milhões de dólares, o filme já faturou mais de 102 milhões nas bilheterias, garantindo também a produção de uma sequência.
O longa também conquistou o coração da crítica especializada, com 95% de aprovação no Rotten Tomatoes e inúmeros elogios na web.
Algumas das poucas críticas negativas sobre M3GAN envolve a classificação indicativa do filme, que acaba restringindo seu alcance e diminuindo seu nível de violência.
No Brasil, M3GAN é recomendado para maiores de 14 anos, e nos Estados Unidos, o filme é PG-13 – ou seja: indicado para maiores de 13 anos.
É por isso que as cenas de violência do longa são bastante “tímidas”. Se M3GAN fosse recomendado para maiores de 16 anos, por exemplo, a sequência na qual a boneca mata o cachorro da vizinha poderia ser bem mais sangrenta, aumentando assim o choque da audiência.
O mesmo pode ser dito sobre a cena em que M3GAN derrete o rosto da vizinha com ácido. Se o filme tivesse uma classificação etária mais adulta, os espectadores poderiam ver a sequência em todos os seus detalhes.
M3GAN, definitivamente, economiza no sangue e na brutalidade. A classificação indicativa propõe uma audiência mais ampla para o filme, mas ao mesmo tempo, acaba transformando M3GAN em uma trama “leve demais”.
Akela Cooper, a roteirista de M3GAN, discutiu o assunto em uma entrevista recente. Segundo a escritora, uma versão mais violenta do filme pode ser lançada em breve.
“Sem ofensas à Universal, eu adoro o pessoal de lá, mas entendo que, à medida que o trailer viralizou no TikTok, adolescentes se envolveram ,e nós tínhamos que deixá-los assistir ao filme. Mas uma versão sem cortes pode ser lançada, em algum momento”, comentou a roteirista.
Segundo Akela Cooper, o roteiro original de M3GAN era bem mais sangrento que o corte do filme que é exibido nos cinemas.
“Com certeza, era bem mais brutal. O número de pessoas que a M3GAN mata também era bem maior. Não era uma massacre à lá Maligno, mas ela matava muito mais gente, incluindo alguns personagens sobre os quais o James (Wan, produtor do filme) disse: ‘Eu gostei do que você fez com essas pessoas, mas quero que elas vivam’. Não tive piedade, mas essa sou eu. Meu humor é extremamente sombrio”, explicou Cooper.
M3GAN está em cartaz nos cinemas brasileiros.