Polêmica

Autora de livro sobre a Boate Kiss rebate críticas à Todo Dia a Mesma Noite

A série brasileira Todo Dia a Mesma Noite acaba de estrear na Netflix

Já disponível na Netflix, Todo Dia a Mesma Noite aborda o incêndio da Boate Kiss, uma das maiores tragédias da história brasileira. Mesmo antes do lançamento oficial, a série já era criticada nas redes sociais por ser “desnecessária” e por “expor o sofrimento das famílias’. Em uma entrevista recente, a autora do livro que inspira a série rebateu essas críticas.

“Um incêndio na boate Kiss mata 242 pessoas. Agora, os familiares das vítimas lutam por justiça”, afirma a sinopse oficial de Todo Dia a Mesma Noite na Netflix.

O elenco da série é liderado por Thelmo Fernandes, Paulo Gorgulho, Bianca Byington, Laila Zaid, Débora Lamm, Flávio Bauraqui e Leonardo Medeiros.

Mostramos abaixo como a autora de Todo Dia a Mesma Noite falou sobre as críticas à adaptação do livro na Netflix; confira!

Para diretora, críticas à Todo Dia a Mesma Noite são “silenciamento”

Nas redes sociais, muitos assinantes da Netflix acusam a plataforma de “glamourizar o sofrimento” com o lançamento de Todo Dia a Mesma Noite, uma série live-action que fala sobre a tragédia da Boate Kiss.

Para quem não se lembra, o incêndio da Boate Kiss ocorreu na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul.

Devido a uma combinação de falhas humanas, ausência de fiscalização e omissão das autoridades competentes, a Boate Kiss pegou fogo, ocasionando a morte de 242 pessoas. Cerca de 636 pessoas (incluindo frequentadores da casa noturna e envolvidos no resgate) também se feriram.

A minissérie da Netflix é baseada no best-seller “Todo Dia a Mesma Noite: A História Não Contada da Boate Kiss”, escrito por Daniela Arbex.

As críticas a Todo Dia a Mesma Noite dizem que a série da Netflix “utiliza o sofrimento alheio para se promover”.

Para a Daniela Arbex, o objetivo da produção não poderia ser mais diferente. Em um papo com o site Splash, a escritora abordou o assunto.

“A gente precisa muito trabalhar essa ideia equivocada de que não falar poupa os pais do sofrimento. Não falar não é uma opção. Esquecer é negar a história. E que pai e que mãe quer que o seu filho seja esquecido? Pedir superação é uma total falta de empatia com a dor do outro”, comentou a autora.

Julia Rezende, a diretora geral de Todo Dia a Mesma Noite, uma das principais intenções da produção é justamente dar voz às famílias que sofreram com o incêndio da Boate Kiss.

“Muitos filmes brasileiros também já foram feitos a partir de personagens reais ou acontecimentos. Então, eu acho que querer recusar isso, primeiro, é uma bobagem. Depois, é uma forma de silenciamento. O que a gente está fazendo aqui é dar voz a esse acontecimento, não deixar cair no esquecimento”, disse a cineasta.

Você já pode conferir todos os episódios de Todo Dia a Mesma Noite na Netflix.

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