Após muito sucesso na Netflix, a série 1899 se envolveu em uma grande polêmica. A produção europeia foi acusada de plágio por uma quadrinista brasileira, que levantou várias evidências nas redes sociais. Nesta segunda-feira (21), depois de muita controvérsia, os showrunners Jantje Friese e Baran bo Odar finalmente se pronunciaram sobre a acusação.
“O ano é 1899 e eventos misteriosos mudaram o rumo de um navio de imigrantes a caminho de Nova York. Agora, os passageiros terão que desvendar um enigma alucinante”, afirma a sinopse oficial de 1899 na Netflix.
Além de conquistar os assinantes da Netflix, 1899 ganhou o coração da crítica especializada. No Rotten Tomatoes, a série garantiu 83% de aprovação (além de 9.1 no IMDB).
Revelamos abaixo tudo que os criadores de 1899 falaram sobre a acusação de plágio; confira.
Autores de 1899 negam a acusação de plágio
Recentemente, a quadrinista brasileira Mariana Cagnin fez uma thread no Twitter comparando algumas passagens de sua HQ a 1899, a nova série da Netflix.
O quadrinho em questão é Black Silence, uma obra de ficção científica ambientada num futuro distópico e pós-apocalíptico.
Financiada pelo Catarse, Black Silence recebeu o Troféu Angelo Agostini (Melhor Desenhista), além de 3 indicações ao Prêmio HQMix.
Segundo a artista, toda a premissa da HQ está em 1899, desde a pirâmide negra até os próprios dramas pessoais dos personagens.
“Os símbolos nos olhos e quando eles aparecem, as escritas em códigos. As vozes chamando por eles. Detalhes sutis da trama, como dramas pessoais dos personagens, incluindo as mortes misteriosas”, escreveu a autora brasileira.
Nesta segunda-feira (21), os criadores de 1899 – que também são responsáveis pela série Dark – se manifestaram sobre a polêmica.
Em uma postagem no Instagram, Jatje Friese negou ter utilizado Black Silence como inspiração para a trama de 1899.
“Para contextualizar: uma artista brasileira alegou que roubamos (elementos) de sua graphic novel. Para deixar claro: nós não fizemos isso! Até ontem, nem sabíamos da existência dessa graphic novel”, comentou Friese.
A produtora alemã também afirmou ter recebido algumas mensagens problemáticas nas redes sociais.
“Ao longo de dois anos, colocamos dor, suor e exaustão na criação de 1899. Esta é uma ideia original e não baseada em nenhum material. No entanto, estamos sendo bombardeados com mensagens — algumas delas feias e ofensivas”, afirmou a showrunner.
Para Frise, a acusação de plágio não passa de um “alarme falso”. Na postagem, a produtora também levanta uma acusação séria sobre a quadrinista brasileira.
“Alguém dá um alarme falso e todos vão em cima, sem ao menos checar se as afirmações fazem algum sentido. Claro que se isso for um esquema para vender mais de suas histórias em quadrinhos: bem pensado”, comentou.
Baran bo Odar, o marido de Jantje e co-autor de 1899, também compartilhou um trecho da postagem em seu Instagram.
Até o momento, a postagem que acusa 1899 de plágio já recebeu mais de 300 mil curtidas no Twitter. A Netflix ainda não se manifestou sobre a acusação.
A 1ª temporada de 1899 está disponível na Netflix.