Lightyear se estabelece como um passo importantíssimo para a representatividade nos filmes da Disney. Afinal, o longa traz o primeiro beijo gay da Pixar. O rápido momento foi recebido com alegria pela comunidade LGBTQIA+ e por todos que valorizam a diversidade. Porém, sua inclusão causou uma grande polêmica nos bastidores.
“Lightyear acompanha o lendário patrulheiro espacial após ser abandonado em um planeta hostil a 4,2 milhões de anos-luz da Terra ao lado de sua comandante e sua equipe”, afirma a sinopse oficial do novo longa.
O elenco de Lightyear conta com Chris Evans (Capitão América) como a voz do protagonista. O rol de dubladores também inclui Keke Palmer (Scream Queens), Taika Waititi (Thor: Ragnarok), Bill Hader (Barry), James Brolin (Westworld) e Uzo Aduba (Orange is the New Black).
Explicamos abaixo tudo que você precisa saber sobre o beijo gay de Lightyear e a polêmica causada pela reação à cena.
Por que o beijo gay de Lightyear causa tanta polêmica?
O beijo gay de Lightyear é um momento extremamente rápido, mas mesmo assim, representa um dos elementos mais importantes da diversidade na Pixar.
Há muito tempo, a companhia tenta aumentar a representatividade em seus filmes. Porém, em todos os projetos, a diversidade acaba jogada para escanteio.
Algo parecido quase aconteceu em Lightyear. Originalmente, o beijo gay seria cortado, a pedido dos próprios representantes da Disney.
O beijo em questão acontece entre Hawthorne – a personagem de Uzo Aduba – e sua esposa.
Há alguns meses, a Disney tomou a decisão de cortar o beijo gay de Lightyear. O pedido teria acontecido em meio à discussão da ‘Don’t Say Gay’ (Não Diga Gay), uma proposta de lei com fortes contornos homofóbicos.
Na época, a sugestão do corte deixou os funcionários da Disney injuriados. Segundo a revista Variety, os colaboradores da empresa fizeram inúmeras críticas e planejaram uma paralisação em protesto.
Como resultado dessa paralisação, os representantes da Disney voltaram atrás e decidiram reincluir o beijo gay em Lightyear.
Após a Disney decidir não cortar o beijo gay do longa de Toy Story, o filme foi banido de vários países.
Nações conservadores e ultrarreligiosas – como a Arábia Saudita, a Malásia, o Qatar e os Emirados Árabes Unidos – proibiram a exibição do longa.
Essa não é a primeira vez que projetos da Disney viram alvos de censura no Oriente Médio. Filmes como Eternos e o remake live-action de A Bela e a Fera também foram vítimas da intolerância religiosa.
Mas essa intolerância não vem só dos países islâmicos. Após o lançamento da série Ms. Marvel, um grupo cristão americano também pediu o cancelamento da produção.
Em uma entrevista recente, Chris Evans falou sobre o boicote a Lightyear e deu todo o apoio à representatividade na Pixar
“É uma honra fazer parte de algo que está dando esses passos, mas o objetivo é olhar para trás e ficar chocado por termos demorado tanto para chegar lá”, comentou o ator.
Lightyear está em cartaz nos cinemas brasileiros. O filme não deve demorar a chegar ao catálogo do Disney+. Clique aqui para assinar a plataforma.