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Família do criador de O Senhor dos Anéis odiou filmes mas aprovou série; veja porquê

Filho de Tolkien não poupou críticas à trilogia de Peter Jackson

O Senhor dos Anéis: Os Anéis do Poder ganhou o coração da crítica especializada e dos assinantes do Prime Video. A série se baseia na obra de J.R.R. Tolkien, que também serve como base para a trilogia de Peter Jackson. O que muitos fãs não sabem é que a família de Tolkien detestou os filmes de O Senhor dos Anéis – mas aprovou a produção da Amazon.

A trama de O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder acontece há séculos antes dos eventos da trilogia de Peter Jackson, lançada nos cinemas entre 2001 e 2003. A trama é ambientada na Segunda Era da Terra-Média.

O hit do Prime Video também se destaca por seu elenco de estrelas, liderado por Cynthia Addai-Robinson (Arrow), Robert Aramayo (Game of Thrones), Owain Arthur (Comedy of Errors), Maxim Baldry (Uma Segunda Chance Para Amar), Nazanin Boniadi (Ben-Hur), Morfydd Clark (Santa Maud) e Ismael Cruz Cordova (The Mandalorian).

Explicamos abaixo por que a família de J.R.R. Tolkien não gostou de O Senhor dos Anéis mas aprovou Os Anéis do Poder; confira.

Família de Tolkien detonou os filmes de O Senhor dos Anéis

Após a morte de J.R.R Tolkien (que faleceu em 1973), Christopher Tolkien se tornou o principal curador (e protetor) do legado do pai.

O herdeiro de Tolkien trabalhou duro para garantir que os produtos de O Senhor dos Anéis respeitassem os desejos (e a visão) do escritor.

Em 2012, por exemplo, Christopher entrou com um processo judicial para impedir a criação de uma máquina caça-níqueis inspirada em O Senhor dos Anéis. Afinal de contas, Tolkien era um católico devoto, e provavelmente, não gostaria de ver sua criação associada a jogos de azar.

No final dos anos 60, Tolkien vendeu os direitos de adaptação de O Senhor dos Anéis para a United Artists. Porém, nos anos 2000, esses direitos foram repassados à Warner.

O contrato previa o pagamento de uma porcentagem dos lucros à Família Tolkien. Porém, a Warner se recusou a cumprir com a cláusula.

“Esses filmes extremamente populares, aparentemente, não tiveram nenhum lucro! Recebemos declarações dizendo que os produtores não deviam um centavo à Família Tolkien”, comentou Cathleen Blackburn, a advogada da família do escritor.

Críticas também envolvem as decisões de Peter Jackson

Além da questão financeira, Christopher Tolkien se opôs a várias decisões de Peter Jackson. Em uma entrevista publicada em 2012, o herdeiro detonou os filmes de O Senhor dos Anéis.

“Tolkien se tornou um monstro, devorado por sua própria popularidade e absorvido pelo absurdo de nosso tempo”, comentou Christopher.

O herdeiro de Tolkien não poupou críticas à “abordagem hollywoodiana” à história de O Senhor dos Anéis.

“O aspecto comercial reduziu a nada o impacto estético e filosófico de sua criação. Só há uma solução para mim: fechar os olhos… Eles evisceraram o livro, tornando-o uma franquia de ação para jovens de 15 a 25 anos”, avaliou Christopher.

Christopher Tolkien faleceu em 2020. Na época, ele já havia abandonado a posição de curador do espólio do pai. Por isso, não se envolveu na produção de O Senhor dos Anéis: Os Anéis do Poder.

Atualmente, os direitos sobre as obras de Tolkien são administrados pela família do autor – que tem um ótimo relacionamento com a Amazon.

De acordo com representantes da família, a obra de Tolkien funciona em melhor em um panorama televisivo, com várias temporadas, do que em uma simples franquia cinematográfica.

Os episódios de O Senhor dos Anéis: Os Anéis do Poder são exibidos semanalmente pelo Prime Video.

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